BIRD GEI: Pesquisa de Proficiência em Inglês no Brasil – 2003 a 2012

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A BIRD GEI | Consultoria e Gestão de Idiomas está divulgando a 8ª Pesquisa de Produtividade no Aprendizado de Idiomas no Brasil. Acompanhamos anualmente o desempenho, indicadores e resultados de aproximadamente 3.000 funcionários patrocinados pelas mais diversas empresas, mapeando e quantificando o aproveitamento e a produtividade dos alunos. Na pesquisa atual, que abrange 2003 a 2012, utilizamos os resultados de um universo de 7.957 diagnósticos de proficiência  linguística de profissionais que atuam em empresas do setor financeiro. Escolhemos esse setor por ser um dos mais competitivos e globalizados, onde o inglês é essencial.

BIRD GEI segue a escala do padrão do Conselho Europeu para idiomas, adaptado para o mercado brasileiro. Desenvolvido através de um processo de pesquisa científica, o “Common European Framework of Reference: Learning, Teaching, Assessment” proporciona uma ferramenta prática para descrever os níveis de proficiência linguística exigidos pelos padrões existentes, testes e exames, de forma a facilitar a comparação entre diferentes sistemas de qualificação.

Os diagnóstico de proficiência linguística foram realizados sob demanda, na empresa ou de forma remota, e composto de quatro testes: gramática/vocabulário, compreensão, redação e entrevista oral. Esses testes, desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, de acordo com o conceito “think globally, act locally”, respeita os fatores culturais peculiares dos candidatos brasileiros e avaliam a competência linguística sob todos os aspectos e em todos os contextos: pessoal, profissional, cultural e social. Das 4 habilidades avaliadas, a gramática/vocabulário e a compreensão são consideradas receptivas e a redação e entrevista oral são ativas, ou seja, precisam necessariamente da produção de linguagem.

Sempre houve um desvio entre as habilidades receptivas e produtivas. Em 2003, por exemplo, a média dos candidatos em listening foi de 2,44 pontos percentuais a mais que na entrevista. A produção de linguagem está diretamente relacionada ao tempo de prática e exposição ao idioma e o padrão de aulas em grupos com muitos alunos diminui significativamente o tempo de prática efetiva em sala de aula (STT – Student Talking Time). Por outro lado, a recepção de conteúdo em inglês é maior, primeiro devido às metodologias de ensino e segundo porque, não há como negar, o Brasil se tornou um país global. A exposição a publicações, revistas, TV, cinema, entre outros, é cada vez mais alta.

O que chama a atenção é que o gap entre as habilidades receptivas e produtivas aumentou no decorrer dos anos. Se compararmos o listening à entrevista em 2012, a diferença é de 23,04 pontos (um aumento de 844% em dez anos). Esse é um valor médio e há casos em que a diferença bate nos 50 pontos, normalmente são alunos que fizeram vários cursos nos últimos anos, aumentaram a exposição receptiva, mas ainda não conseguem se comunicar. O desvio é considerado aceitável e é resultado direto do paradigma das aulas em grupos e baixa exposição características do mercado brasileiro, mesmo levando-se em consideração a necessidade cada vez maior por produção efetiva, a comunicação.

Com relação às habilidades produtivas, a pontuação em redação teve queda acentuada, de 47,36 em 2003 para 35,75 em 2012. Cada vez mais os profissionais escrevem menos. Muitos linguistas concordam que a redação apresenta maior dificuldade que a comunicação oral. De fato, a redação é o resultado direto das demais habilidades e, sendo assim, a queda é preocupante. Um dos propósitos da redação até o nível intermediário é o de proporcionar aos alunos a consolidação do conteúdo em sala de aula. No que compete à entrevista oral, apenas 597 candidatos do total de 7.597, ou seja, 7,5% da amostragem, apresentaram pontuação superior a 80% que é justamente a proficiência mínima desejada pelas empresas em seus processos de seleção para esta habilidade em questão.

A proficiência média caiu de 51,63% em 2003 para 44,4% em 2012 após atingir um pico em 2006. Aliás, após 2006 percebemos uma queda sistemática em todas as habilidades e uma retomada geral desde 2011. Ao considerarmos a proficiência dos últimos 10 anos temos uma média de 48,58%. A queda da média mais alta, em 2006, para a mais baixa, em 2011, foi de 14,85 pontos e se compararmos todo o período de 2003 a 2012, a queda foi de 7,23 pontos.

Talvez a pergunta mais importante da pesquisa seja o porque da queda na proficiência e habilidades de 2006 a 2011, ainda mais porque há a crença que as gerações X e Y deveriam estar muito melhor preparadas em idiomas que as anteriores.  Por ora não temos estudos para explicar os resultados apontados, isso porque há múltiplas implicações do aprendizado de cada aluno em questão. Podemos apenas especular:

  • Na 3ª pesquisa conduzida em 2007, já havíamos detectado que 40% dos alunos não alcançavam metas mínimas de aprendizado. Na época levantamos a questão das empresas patrocinadoras não adotarem modelos de gestão estratégicos e, portanto, sem critérios qualitativos utilizavam o idioma como benefício e não como um investimento passível de retorno. A atuação mais pró ativa do RH, de fato, teve um impacto importante nos resultados, conforme a 4ª pesquisa.
  • Na 7ª pesquisa, realizada em 2011, mostramos justamente que a proficiência média dos candidatos em início de carreira em 2002 (Geração X) era mais alto do que a média dos que estavam entrando no mercado de trabalho (Geração Y) em 2011.
  • O ponto é que, assim como ficou detectado já em nossa primeira pesquisa, o estudo de idiomas parece estar mais focado nas habilidades receptivas, seja pelo formato das aulas, seja falta de inovação no sistema educacional ou porque os contextos reais de comunicação estão além da sala de aula. Sendo assim, as instituições de ensino ainda têm como desafio fazer a conexão entre o contexto real e o da sala de aula.
  • Houve uma mudança positiva nas metodologias. Embora globalizadas, elas passaram a ter versões regionalizadas, de acordo com a cultura e características de cada país.
  • Obter sucesso no aprendizado de um segundo idioma depende muito mais de como o aluno faz o seu curso e de seu empenho do que da escola que frequenta. Tornar-se ciente desse fato tem implicações  importantes, pois coloca o aluno como protagonista de seu próprio aprendizado e o RH como fundamental na regulação e no suporte dos funcionários que recebem esse investimento.

Em 2011 o Brasil amargou a 31ª posição no ranking mundial de proficiência em inglês de acordo com pesquisa feita pela EF, maior rede de ensino de idiomas no mundo. Em 2012 despencamos para a 46ª posição. Já de acordo com a pesquisa de 2012 da “Business English Index report”, realizada pela empresa GlobalEnglish, o Brasil tem um índice insatisfatório de proficiência em inglês na comparação com os demais países do mundo. Segundo ela, o Brasil está bem abaixo da média mundial de proficiência, já considerada insatisfatória: de 4,46, em uma escala de 1 a 10 (o equivalente a 44,6 pela escala da BIRD GEI sendo que acusamos 44,4). Isso se traduz em uma força de trabalho que compreende as informações básicas, mas não consegue entender apresentações, assumir um papel de liderança nas discussões de negócios ou executar tarefas complexas.

BSC-i – Balanced Scorecard para Idiomas
A BIRD GEI desenvolveu o primeiro Balanced Scorecard para idiomas do mercado brasileiro. Inicialmente utilizado como um modelo de avaliação e desempenho nas empresas, a aplicação do BSC-i proporcionou o desenvolvimento de uma metodologia de gestão estratégica em T&D. Além de cumprir sua missão de avaliação e desempenho, o BSC-i tem permitido às empresas tomar decisões e gerir a informação com maior precisão, pois elas ganham vantagem competitiva, agregam valor, racionalizam os investimentos, redefinem e realinham seus objetivos no T&D de idiomas. Foi através do BSC-i, utilizado em todas as pesquisas, que a BIRD GEI tem conseguido mostrar ao mercado os indicadores de resultados que servem de benchmark.

SOBRE A BIRD GEI
BIRD GEI | Consultoria e Gestão de Idiomas é uma empresa especializada em soluções gerenciais e ferramentas estratégicas que asseguram às organizações e profissionais foco na execução de suas estratégias de treinamento, desenvolvimento e capacitação em idiomas.

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Benchmarking em aquisição de idiomas: dúvidas?
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