Requisito nos processos de seleção, o inglês está dando o que falar

As mídias sociais têm apontado o surgimento de importantes questões relacionadas ao inglês. A primeira coloca na balança a real necessidade do idioma para todas as funções exercidas dentro de uma empresa. A segunda  diz respeito à fluência no idioma exigida nos processos de seleção das empresas. E a terceira aborda o fato do aprendizado ter um custo elevado, avaliando a co-participação e co-desenvolvimento da empresa e do indivíduo.

Um dos objetivos da BIRD GEI | Consultoria e Gestão de Idiomas é orientar TODOS os nossos stakeholders com relação às melhores práticas no aprendizado de idiomas, por isso escrevemos e publicamos artigos para você que nos acompanha ou que nos vê pela primeira vez.

Não pretendemos oferecer respostas definitivas às três questões levantadas nesse artigo, até porque cada empresa tem sua própria política de T&D e critérios de seleção. Podemos, no entanto, ajudar a esclarecer quais benchmarks estão se consolidando com o passar do tempo. Antes, um breve esclarecimento:

Globalização, idioma oficial e instrumento de comunicação
A maioria das empresas com atuação global, até mesmo as europeias, tem definido o inglês como idioma oficial. Aliás, o idioma oficial da Comunidade Europeia é o inglês, o que deu origem ao CEFR – Commom European Framework of Reference for Languages: Learning, Teaching, Assessment –  cuja escala tornou-se referência global. O próprio idioma inglês vem passando por uma padronização, isso porque deixou de ser um segundo idioma para se tornar um instrumento global de comunicação e aceita-se, portanto, que haja um “idioma” inglês falado nos Estados Unidos e regionalmente dentro dele, que é um pouco diferente daquele falado na Inglaterra, África do Sul, Austrália e praticamente em todos os países. Em breve, cada país terá seu próprio idioma inglês e o Brasil se inclui nessa lista. As empresas estão cientes e já abordamos essa questão no artigo “Em que idioma faríamos o primeiro contato“.

1) É necessário para todas as funções?
Observamos que via de regra, sim, entretanto varia para mais ou menos em uma ou mais das quatro habilidades linguísticas: gramática/vocabulário, compreensão, escrever e falar. Em algum momento, o colaborador vai precisar de uma ou mais dessas habilidades no exercício da função.

Excepcionalmente não é necessário, conforme relatos de profissionais que nunca tiveram de utilizar o inglês para exercer o seu trabalho.

Portanto, é plausível que o inglês não seja necessário para todas as funções, mas aqui vai uma ressalva: por enquanto! As atividades inerentes ao desempenho de atividades profissionais, pessoais, culturais e sociais são dinâmicas e podem mudar com extrema rapidez para atender a novas demandas. A possibilidade do inglês se tornar necessário no futuro está aumentando a cada dia, não apenas por questões de competitividade global mas também para o desenvolvimento pessoal.

2) As empresas exigem fluência nos processos de seleção?
Na maioria dos casos, sim. Entretanto, elas podem determinar uma proficiência desejada que pode variar de 60% (o equivalente ao intermediário) a 85% (avançado), conforme a necessidade do colaborador para exercer a função.

Excepcionalmente, a empresa pode também determinar uma avaliação de uma habilidade específica (normalmente é a entrevista oral), pois está ciente de que o futuro colaborador não utilizará todas as habilidades. Contudo, isso pode ser um problema, visto que o ideal é se ter uma competência linguística linear em todas as habilidades. A diferença entre competências receptivas (gramática/vocabulário e listening) e produtivas (que exigem a produção de linguagem: escrever e falar) foi uma das questões abordadas na maior pesquisa de produtividade no aprendizado de idiomas já realizada no Brasil abrangendo 7.957 candidatos avaliados de 2003 a 2012.

3) Aprendizado de idioma é caro?
Sim, ainda mais quando se leva em consideração que é um investimento de longo prazo. Curiosamente, a equação “tempo” normalmente não é considerada na avaliação do custo/benefício, que prioriza diretamente o fator preço. Há uma perda de produtividade inerente às aulas em grupo: quanto mais alunos no grupo, menor o tempo efetivo de prática e, consequentemente, maior a duração do curso. Já ouviu falar de intermediário I, II, III, IV e assim sucessivamente? Pois é, trata-se de uma adequação dos níveis à escala do Conselho Europeu, uma prática comum em escolas que tradicionalmente trabalham com grupos.

Se é necessário para a função, se é exigido nos processos de seleção e se é caro (em R$ e tempo) como fica a situação de quem não tem a tão desejada proficiência? Depende, é claro, da função e da empresa. Há casos (estimamos em 50%) em que a competência técnica + experiência prevalece sobre o inglês, afinal a empresa pode investir no idioma, mas há casos em que realmente não tem conversa (desculpem o trocadilho). A tendência é de que a exigência de um segundo e até terceiro idioma se torne cada vez mais presente.

Em tempos de crise, como os que temos passado, o subsídio das empresas para cursos de idiomas é de extrema relevância: a fluência em inglês (e espanhol) é uma questão de competitividade e de acesso ao mercado global, deixando de ser apenas um benefício e cada vez mais se consolidando como um investimento. Se for esse o caso, metas de aprendizagem pré-estabelecidas e uma efetiva avaliação do ROI são fundamentais para quantificar e racionalizar o investimento. O outro lado da equação é que em momentos de crise as empresas cortam o que consideram benefícios, entre eles os cursos de idiomas, e mais recentemente os MBAs.

Sobre a BIRD GEI
Somos uma empresa especializada em soluções gerenciais e ferramentas estratégicas que asseguram às organizações e profissionais foco na execução de suas estratégias de treinamento, desenvolvimento e capacitação em idiomas. Acompanhamos anualmente o desempenho, indicadores e resultados de aproximadamente 4.000 funcionários patrocinados pelas mais diversas empresas, seja mapeando e quantificando o aproveitamento e a produtividade dos funcionários com cursos patrocinados por empresas ou em processos de seleção. A BIRD GEI desenvolveu o primeiro Balanced Scorecard para idiomas do mercado brasileiro. Inicialmente utilizado como um modelo de avaliação e desempenho nas empresas, a aplicação do BSC-i proporcionou o desenvolvimento de uma metodologia de gestão estratégica em T&D.

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